sexta-feira, 14 de maio de 2010

A DAMA DA RUA (O ÚLTIMO BOLERO)

A Dama da Rua (o último bolero)

E você me pergunta se estive com ela esta noite
Te digo que não sei
Mas acho que sim
Ou se não
Ela finge bem
Tão bem.

E disse meu bem
Você é o homem que eu quero
Que eu espero
Na nossa cama
Me diz que me ama
E que não me engana.

Mas meu irmão
Preste atenção
Ela nunca foi tua
Ela é dama da rua
Ela é contradição
Faz sangrar o coração.

Se ela nunca foi tua
Se ela é filha da lua
Nunca foi de ninguém
E nunca será minha
Mas bem que eu quis
Ela é atriz.

Ela falou de outros homens
Que a fizeram feliz
Que a fizeram rainha
Que a fizeram mulher
Outros apenas a usaram
E tão pouco pagaram.

Eu confesso meu amigo
Que quando estive com ela
Entre aquelas pernas
Quase enlouqueci
Beijei aquela boca
Uma alma tão louca.

Uma mulher única
De risada gostosa
De gestos peculiares
Que atrai os olhares
A rainha dos bares
E na borda do copo, batom.


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