domingo, 13 de novembro de 2011

A CARNE É FRACA

A carne é fraca


Somos um amontoado de carne fraca
A carne é fraca, pois a lâmina é afiada
A carne se dobra para o fio da faca
E quanto mais incisivo mais pecado.


Estou cedendo a minha carne fraca
Ao sedento fio da faca
Estou cedendo à tentação do bisturi
Convidativo o pecado mora ao lado
Eu moro ao lado do pecado afiado
Na esquina da perdição.


Ela enquanto pecadora se ajoelha
E implora qualquer perdão
Eu tenho a faca na mão direita
E na esquerda eu tenho o pão
Eu tenho pra ela a solução.


Mas ela se ilude e chega quase a acreditar
Que é bondosa a alma que lhe estende a mão
Mas essa mão é a mão da punição
A mão de deus para a irmã pecadora.


O diabo não pode punir
Ele só pode lhe mostrar que a carne é fraca
E a minha faca é precisa enquanto corta
Enquanto faca a minha faca incisiva
Faça da carne o vício agudo que respira
Faça de mim um alimento para a vida.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

UM ÍNDIO



  
Um Índio

Um índio descerá de uma estrela colorida brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul na américa
Num claro instante.

Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas
Das tecnologias.

Virá
Impávido que nem muhamed ali
Virá que eu vi
Apaixonadamente como peri
Virá que eu vi
Tranqüilo e infalível, como bruce lee
Virá que eu vi
Axé do afoxé filhos de gandhi.

Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto, em cheiro,
Em sombra, em luz, em som magnífico.

Num ponto equidistante entre o atlântico e o pacífico
Do objeto sim resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará
Não sei dizer assim de modo explícito.

E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio.


domingo, 18 de setembro de 2011

NÃO MAIS

Não mais

Eu não quero mais uma flor no meu jardim
E não mais se chamará jardim, se chamará desastre
Um buquê qualquer atravessa a janela e se desmancha no meio da rua
Da rua ramalhete
E o bilhete?
O vento leva e não aceite as desculpas
Pois é assim que o vento distraído leva as desculpas não aceitas.

E não mais sol iluminando a desdita vida
Pois o sol me acorda e eu não gosto de sol
Nem de nada que interrompa a minha noite
Não mais prazer de noites infinitas
Que a luz apaga pela manhã
Não quero o sol batendo na minha cara
Como se fosse o meu marido traído me descobrindo
Como o sol vai me despindo pela manhã.

Nunca mais calmaria, nunca mais paz
Não sei ter paz sem estar numa guerra
Não sei estar numa guerra e não estar feliz
Eu quero sangue
E sei brindar
E vou beber
E comemorar mais uma batalha
Meu coração está à solta, está armado e é perigoso
Pois já esteve em muitas prisões.

Eu não quero mais o silêncio que dá sono
Eu quero o som da explosão nos meus ouvidos
E se eu danar para a orquestra de silêncios
Que seja no meio da rua
Eu quero estar na rua quando a banda passar falando de amor
O amor vai passar
Eu quero mesmo é banda tocando no meu quarto
Eu quero o carnaval no meu telhado
Mesmo que seja um carnaval de gatos sujos.

Eu não quero mais as coisas que me fazem parar
Pra ficar bestificado, admirando a vida
Minha vida partiu num trem pela manhã
E levou meu coração partido em cacos

CÃES DE ALUGUEL

Cães de Aluguel

Meus olhos acompanham as luzes da cidade
E famintos devoram toda a eletricidade
E tua boca em silêncio me dava boas vindas
E tua febre incendiava minhas asas
E eu desfalecia em teus braços de abismos
Crente de que a nossa sã hemorragia não nos mataria
Quando me encontrei na sanguinária luta
Meus braços que te protegiam
Eram os mesmos que apunhalavam outros peitos
E nossas mãos em gestos de adoração
Imploravam súbitas canções
Os cães guardam os portões
Mas quem guarda os cães?
E durante a árdua batalha
Em que eu protegia as tuas costas
Repentinamente te viraste contra mim
Lentamente me olhaste olhos nos olhos
Subitamente molhastes os teus lábios
E verdadeiramente me destes um beijo sincero
Eu te apertei contra o meu peito
E todo o inferno a nossa volta se desfez
Era a nossa vez
E fui tirando os pés do chão
E fui sendo possuído por tuas vontades
Fui consumindo a eletricidade, a verdade
Até estar totalmente mergulhado em nuvens
O teu espirito tem um dom
E é bom
E me conduz hipnotizado pelo som
Até acordar pra descobrir que era sonho.

FABER CASTELL

Faber Castell

Uma garotinha de vestidinho florido
Inocente e sem noção do perigo
Achava o mundo divertido
E esse meu mundo cinza deixou colorido.

Uma garotinha e seu lápis de cor
Que pintou o meu céu de vermelho
Que pintou o meu inferno de azul
Que sorria com os olhos e seus olhos brilhavam.

Era uma garotinha e seu divertido trator de brinquedo
Pôs em ruínas meu mundo em construção
Me pôs em contramão na minha contramão
E pôs luz no escuro do meu coração.

Uma garotinha com asinhas de querubim
Derrubou o maléfico titã que havia em mim
Me estendeu a mão, me tirou do chão
E me levou até o seu parque de diversão.

Uma garotinha com uma caixinha de lápis de cor
Achou no meu coração um livro de colorir
Fez e desfez origamis com meu coração de papel
E me levou pra morar no seu castelinho da Faber Castell.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

CADELA

Cadela


Eu vou deixar a minha língua escorregar lentamente para dentro da boca dela
Depois puxar os cabelos com força e arrepiar os pelos da nuca dela
Deixar acontecer a explosão da bomba atômica dela
E assim satisfazer incontrolável essa vontade louca dela.


Com erotismo vou esculpir a Vênus de vidro de dentro da estética dela
Misturar devagar a minha física junto à química dela
Me deixar levar pela dança cósmica frenética dela
E arrancar de dentro a púrpura deusa esquizofrênica dela.


Vou permitir me perder na vida elétrica dela
E me perverter pela mente criativa e diabólica dela
Vou lamber os pelos pubianos e invadir a região pélvica dela
Em sonhos de cerâmica, arranhando a porcelana na vertigem mais caótica dela.


Quero me viciar sem volta na risada histérica dela
Uma aguda faca na coluna com a precisão cirúrgica dela
Ela quebra a louça, rasga a seda na cena mais poética dela
E depois descansa à cama mesmo com toda a previsão apocalíptica dela.


Ela é fantástica
Ela é democrática
Faca antitetânica
Contra a cinemática.


Ela é dinâmica
Ela é excêntrica
Ela é egocêntrica
Ela é esotérica.


Ela é fotográfica
Ela é hipnótica
É enigmática
Ela é cibernética


Ela é mágica
Ela é lógica
Maquiavélica
Melodramática.


Gótica
Exótica
Emblemática
Científica
Matemática
Alcoólica
Alegórica
Paranóica
Telepática
Megalomaníaca
Única.

domingo, 19 de junho de 2011

INFERNO

Inferno


Eu invadi aquela boca como um mendigo sacia a fome num banquete
E se fez um silêncio mórbido como se a morte espreitasse aquela encenação profana
E engoli a língua, as palavras até restar somente um silêncio de tortura
E nos comemos na imundície naquela cena vazia de amor metafísico.


As quatros mãos assassinas operavam com o intuito de despir aqueles corpos prostituídos
Dois corpos ofegantes possuídos pelo xamã dos desejos demoníacos
Ambiciosos, vadios, sedentos do sangue e do suor alheio
E essas mãos percorreram outros corpos na vontade insólita de se tocar.


No próximo ato, do assassinato estão os dois corpos desnudos artisticamente
E como em arte sacra, eles se devoram e perpetuam o teatro maligno
E como duas máquinas, dois anjos caídos trocavam torturas
Como o percurso silenciosos do disparo em direção à vitrine.


Havia a chave, mas se preferiu arrombar a porta com violência
E acenavam em tom de despedida com choro e dor a inexistente da inocência
Assim era lançado o desafio às leis científicas quando dois corpos procuram ocupar o mesmo lugar
E da água pro vinho, da noite pro dia se fez terrorismo e poesia.


E diversas formas, meios, jeitos, posições de se consumar o inegável fato
E as almas no inferno escarneciam presas aos momentos e a cada olhar
Dois animais numa luta intensa e desigual, pois ambos os corpos não ocupam o mesmo plano
Dois bêbados dançando o tango, auto-consumindo o desejo da própria sede.


O quintal invadido pelo vento, as roupas no varal e o arrepio na espinha
O cheiro de urina, fezes, esperma e perfume francês em perfeita harmonia
Um canto lírico mas de teor tribal, brindava sorrisos e xingamentos canibais
Gritos semelhantes aos de Linda Lovelace cinematograficamente púrpuros e suicidas.


Aqui se cospe no prato onde deve comer, coma boca cheia, de joelhos, piedade
Ele puxa os cabelos dela, elas arranha as coxas dele numa prova de amor
A prova de que o amor existe até numa reação química
E aquela multidão de pessoas passa as pressas com o intuito de cruzar o mar vermelho, mas são engolidos até o limite do horror.


Depois se beijaram, depois se deitaram, acenderam cigarros e fizeram silêncio
E lá ficaram parados, embalsamados, no éter da eternidade
Estáticos como duas estátuas nuas sob a chuva por toda a tarde
Até que o tempo os oxidasse, com as rugas e as folhas e os frutos podres das árvores

terça-feira, 7 de junho de 2011

FILIPE CATTO

Filipe Catto

Crime Passional



Tem samba no meu quarto a noite inteira
Especialmente quando tu te vais
Tem dança quando diz que não me chegar
Que é para distrair o que me faz sofrer assim demais
Na madrugada tem perfume e vela
Pra atrair alguém que vem e traz
Alguma coisa que em ti me falta
Uma atenção singela pra deixar a noite em paz
Se for pra me ferir com teu silêncio
Respondo teu vazio com a paixão
Pra outros corpos que me satisfazem
Já que essa rua te acalanta muito mais que o meu colchão
Enquanto te convence para os outros
Enquanto te bajulam pelo bar
Não vê, nem por milagre, que tua casa
Pega fogo, espalha.
Luxuriosa.
Regozija...
Até que um belo dia me culpaste
Disseste que assim não pode mais
Eu ri e disse: "vai, pode cantar vitória agora
Eu fiz mesmo e faria é denovo se tivesse..."

Mas...
Três tiros irromperam a noite surda
Pr´um corpo de calor que se extinguiu
Me deu três beijos úmidos de lágrima
Selou meus olhos como um arrepio

segunda-feira, 6 de junho de 2011

FILIPE CATTO

Este jovem cantor de voz maravilhosa que lembra Ney Matogrosso anda me entorpecendo com seu Ep lançado recentemente, abaixo "Saga" que dedico a uma certa moça que ao escutar saberá que certamente é pra ela...



Filipe Catto

Saga

Andei depressa para não rever meus passos
Por uma noite tão fulgás que eu nem senti
Tão lancinante, que ao olhar pra trás agora
Só me restam devaneios do que um dia eu vivi

Se eu soubesse que o amor é coisa aguda
Que tão brutal percorre início, meio e fim
Destrincha a alma, corta fundo na espinha
Inebria a garganta, fere a quem quiser ferir

Enquanto andava, maldizendo a poesia
Eu contei a história minha pr´uma noite que rompeu
Virou do avesso, e ao chegar a luz do dia
Tropecei em mais um verso sobre o que o tempo esqueceu

E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho com força, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer

E era de gozo, uma mentira, uma bobagem
Senti meu peito, atingido, se inflamar
E fui gostando do sabor daquela coisa
Viciando em cada verso que o amor veio trovar

Mas, de repente, uma farpa meio intrusa
Veio cegar minha emoção de suspirar
Se eu soubesse que o amor é coisa assim
Não pegava, não bebia, não deixava embebedar

E agora andando, encharcado de estrelas
Eu cantei a noite inteira pro meu peito sossegar
Me fiz tão forte quanto o escuro do infinito
E tão frágil quanto o brilho da manhã que eu vi chegar

E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho sorrindo, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer.

Download

http://www.4shared.com/file/jwtL-Ni8/Filipe_Catto_-_Saga__wwwimusib.htm

quinta-feira, 2 de junho de 2011

FELIPE CATO

Felipe Cato

Após tanto caminhar por cem vales somente com a sombra da morte a me espreitar
Não estive nem perto de se quer pensar, de se quer sonhar em te encontrar
Eu e meus pés nem sequer estivemos perto da tua sombra
Então me deitei sob a sombra da dúvida para descansar.

Estive a te procurar para que você me ajude
A extirpar de dentro de mim essa vontade inexplicável de chorar
Para arrancar de dentro essa falta de explicação
Para arrancar com teu punhal essa dor no coração.

É algo que não sei explicar exatamente
É uma fera que me arranha por dentro lentamente
Um monstro mitológico que me devora
E mesmo que eu tente não consigo por pra fora.

Há um sentimento indescritível dentro de mim
Um sentimento de perda ou uma falta sem fim
Uma mistura de culpa com alegria sem medo
Ócio, tédio, uma serpente-marinha, uma lenda, um segredo.

Algo que não é meu, mas que me pertence
Algo bonito, louco, surreal, algo Josette Lassance
Uma fúria que se mistura com uma paz angelical
Luxúria, amor sexual, desejo carnal.

Apesar de tanto não sei ao exato o que sinto
Sei que sinto e por isso não minto
Sei que este recinto precisa de você
Preciso entender que não irei enlouquecer.

Preciso que carinhosamente me enfie o dedo goela abaixo
Para que eu possa exorcizar isso tudo de mim
Para que eu possa cuspir isso de volta no prato
E feliz depois poder cantar como Elis, Ney ou um dos meus Felipe Cato.

terça-feira, 31 de maio de 2011

FÁBULA

Fábula

 - Um anjo do abismo me trouxe o amor numa bandeja
Me trouxe a cabeça dela e seu lindo sorriso
Cumprindo assim sua parte no contrato
E lhe dei o que eu mais tinha de valioso
Minha paciência, minha calma
Esse papo de alma já está fora de moda
E ele, aquele que anda na escuridão
Aquele que graceja para o cano da escopeta
O homem sem medo que nem mesmo é homem
E além do amor de bom grado me deu
Fortuna
E com essa fortuna eu comprei os carros
Achei que tantos carros era pouco
Então comprei os castelos
Achei que tantos castelos era pouco
Então comprei os países
Achei que tantos países era pouco
Então comprei o mundo
Achei que o mundo era pouco
Então comprei todas as riquezas
Comprei o tempo
A inteligência
A ciência
E comprei as pessoas
Comprei os homens
Comprei as mulheres
Comprei os animais
As árvores
Fiz os homens de animais
Fiz as mulheres de árvores
Fiz meu cachorro imperador
Fiz qualquer bobagem e chamei de arte
Fiz todo mundo gostar
Fiz um deus de barro
E todo mundo adorou
Fiz, refiz, desfiz, fiz de novo depois mandei desfazer
Fiz o impossível acontecer
Depois, me faltava o que fazer
Pois já havia feito tudo
Já havia comprado tudo
Já havia dito tudo
Foi então que o meu amor
Que sempre esteve do meu lado vendo tudo acontecer
Disse: Você!
Sem entender fiquei enfurecido
E ela repetiu: Você ainda só não comprou a si mesmo
Então sorri imaginando ser fácil fazer
Basta eu me vender
Depois me compro
E serei dono de mim mesmo
Então não me faltará nada
Serei meu próprio pastor
Meu próprio senhor
Foi então que “Ele” voltou
Por entre as trevas
Do ventre da noite
Rindo de mim disse:
 - Eu sou o teu dono, somente eu posso te vender
E em desespero perguntei:
 - Então me diga, quanto queres por mim?
E ele:
 - Não existe nada que eu não possua, se tenho você, tenho tudo o que também te pertence, devias ter ficado contente somente com o amor. Eu já tinha o amor, mas me faltou calma e paciência para conseguir todas as coisas e você me fez esse favor agora tenho tudo, até o amor que pensavas ser teu é meu.

Moral: O amor por mais simples que seja é absoluto acima de todas as coisas.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

RARA

Rara

Raras as coisas que fazem de nós pessoas
Raras as pessoas
Pessoas raras
Te possuo pessoa em mim
Mas não posso te prender
Não posso fingir, pois és rara
Não posso fugir minha cara
Não posso olhar na tua cara e não sorrir
Não posso mentir
Não posso dizer que não te vejo pessoa em mim
Através do tempo numa eternidade rara
O tempo raro que tudo sara
O tempo que não para
Que transforma as pessoas
Em pessoas caras
Que transforma as doenças em doenças crônicas
E o que era raro agora é mecânico
Industrializado
E produzido em larga escala
Obedecendo as normas de mercado
Fazendo as pessoas afundarem na rotina
E esquecerem que são pessoas
Pessoas raras
E que amam.

QUEM DIRIA

Quem diria

Se eu não fosse depor neste tribunal ninguém iria saber
Que eu te amo independente do que todos vão dizer
Que eu me odeio por ser tão parecido com você
E que gosto de gostar do gosto de gostar de você.

Ela é tão doce, chega enjoa
Chove chuva de mãos dadas na garoa
É tão doce, chega vicia
Eu a desejar teus afagos no colo onde eu adormecia.

Ela tem uma risada tão gostosa
Mas tão gostosa
Que sabe deus como me angustia
Que eu ficaria até a hora que o dia amanhecia.

Ela é pura poesia
Comportada anarquia
Mas Vitor Ramil já me prometeu
Um paraíso pr’um sujeito ateu.

Se eu não dissesse ninguém saberia
Que ela é a estrela da tarde que me guia
Que Danko Jones a enlouquecia
E Nina Simone quem diria.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

CÉREBRO ELETRÔNICO





 


Composição : Letra: Tatá Aeroplano / Música: Fernando Maranho e Tatá Aeroplano

Dê amor
Dê paixão
Dê espera
Dê esperma
Dê prazer
Dê fogo
Dê uma nela
De carinho
De sacanagem
De sarro
De fato
Dê amor
Dê segurança

De anca na anca dela
E amanheça de cabeça dentro dela

 



Talentoso

Composição : Júpiter Maçã

Eu me dei a ingrata missão
De imitar o joão gilberto
Pra que ela chegue bem mais perto
E entenda de uma vez por todas que eu sou talentoso
Talentoso, uh, uh

Amanhã talvez chorar
Mas vou armar uma mutreta
Vou dar a volta no planeta
Porque dor de cotovelo não é sensual
Eu sou sensual, talentoso, uh uh
Talentoso, uh uh

Só ela não vê
Mas um dia ela há de me ver
Andando descalço, sapato nas mãos,
Com aquele sorriso escracho tesão
E ela vai se tocar para sempre:
Esse cara tem talento, uh uh!

Talentoso, uh uh!
Charmoso, uh uh!
Talentoso, uh uh!

Só ela não vê
Mas um dia ela há de me ver
Andando descalço, sapato nas mãos,
Com aquele sorriso escracho tesão
E ela vai se tocar para sempre:
Esse filho da puta tem talento!

Talentoso, uh uh!
Charmoso, uh uh!
Talentoso, uh uh!
Vitorioso!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

TANTO

Tanto

De tanto amar
De tanto levar na cara
Descobri que o sentido
É fazer valer a pena.

De tanto chorar um mar
Pra cada amor que se ia
Descobri que a solução
É aprender a nadar.

De tanto beijar o mundo
Um beijo por vez em cada mil bocas
Mil beijos na mesma boca de uma só vez
Era só fechar os olhos e te imaginar.

De tanto sonhar
Tive vontade de não acordar
Ou de fazer um acordo
De só contigo sonhar.

De tanto te desejar
De tanto desejar teu desejo
De tanto querer
Não pude te ter e nem mais te vejo.

De tanto encarar o teu olhar
E ficar a imaginar
O que ele quer dizer
Nem sei dizer.