A Fogueira das Paixões Profanas
Dois pares de olhos verdes
Incandescentes
Devorando a treva dos indecentes da madrugada
A volúpia de dois corpos em chamas
Se desejando até o infinito
Até a combustão total
Dois piromaníacos condenados
À câmara de gás
Assistindo a noite padecer numa explosão
Salientando tudo o que é profano
Propano, metano
Cigarros e diesel
Anjos de asas flamejantes
Condenados ás cinzas
Carvão sobre tela
A febre bem quista que conduz o suor à ebulição
O fogo transformador das almas impuras
O inferno branco em oxidação térmica
Dois sobreviventes de Hamburgo após as bombas incendiárias
A ciranda das crianças em volta da fogueira da inquisição
Conduzindo os sonhos de Winona Ryder até Salém
Consumindo-se até a antiga Cantiga do Sol.
Construí uma casa no sol
Uma casa construída de sal
Minha cama era um ninho de palha
E acendia num feixe de luz.
E todo dia eu era a fênix
Eu ressurgia da própria cinza
Morria nesse crepúsculo
Para dar à tarde o luto noturno.
Eu tinha os olhos incandescentes
Meu coração uma brasa
Minhas mãos fervilhavam insanas
Para acender o amanhecer.
O meu destino é queimar
É me desfazer em cinzas
É abrir os portões do inferno
É fazer tudo arder com o fogo.
Descalço sobre as faíscas
Eu nunca fazia fumaça
A chama fazia as pedras cantarem
Mas lavava com gasolina.
Como palitos na caixa de fósforos
Como palitos na caixa de fósforos...
Uma casa construída de sal
Minha cama era um ninho de palha
E acendia num feixe de luz.
E todo dia eu era a fênix
Eu ressurgia da própria cinza
Morria nesse crepúsculo
Para dar à tarde o luto noturno.
Eu tinha os olhos incandescentes
Meu coração uma brasa
Minhas mãos fervilhavam insanas
Para acender o amanhecer.
O meu destino é queimar
É me desfazer em cinzas
É abrir os portões do inferno
É fazer tudo arder com o fogo.
Descalço sobre as faíscas
Eu nunca fazia fumaça
A chama fazia as pedras cantarem
Mas lavava com gasolina.
Como palitos na caixa de fósforos
Como palitos na caixa de fósforos...