sábado, 10 de abril de 2010

SHANGRI-LA

Shangri-la

Quando olho ao meu redor e não lhe vejo
Quando sinto somente teu cheiro
Quando lembro somente o desejo
Este desejo em mim é traiçoeiro.

Ando em busca de teu paraíso
Bendito ou maldito me resta provar
Mil tesouros dos deuses ciganos e devotados
São beijos sedentos de amor e de amar.

Se for necessário abandono meu mundo
E desejo somente tua alma abraçar
Coroar-te a rainha de um reino de paz
E em busca deste sonho não irei descansar.

Vou te cobrir com o manto secreto de estrelas
Ter-te como a santa te por num altar
Fazer-te elogios de noite e dia
E lhe construir o divino Shangri-la.

Mas meu desejo é ambíguo
E entra em conflito esse meu pensar
Quero-te tanto como a santa divina
Como a pecadora sedenta de amar.

De dia serás a brisa que acaricia
O tesouro intocável, um lindo colar
De noite serás a vontade carnal
O antropocêntrico desnudo de Shangri-la.

O paraíso pra mim é teu corpo
É tuas mãos cuidadosas é teu olhar
O infinito pra mim ainda é pouco
E te desejando te “infinitar”.

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