Ô nêga
Se tu não puder me amar nêga, ora não finja
Não se ponha no altar, se faça se santa, ou se pinte de ouro
E afaste as mandingas que fez para mim.
Se tu não quiser me beijar nêga, não feche os olhos
Um dia foi doce esse beijo de amargo passou a insípido
E não cuspa no prato onde comeu.
Se quiser me falar a verdade nêga, então não minta
E não justifique possa piorar o que antes disseste
O silêncio sozinho já fala por si.
Mas não me deixe ir embora ô nêga
Mas não me deixe lá fora ô nêga
Já dou um jeito da gente se acertar.
“... vem logo vem curar teu nêgo que chegou de porre lá da boemia...”
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