quarta-feira, 7 de abril de 2010

NOSTALGIA

Nostalgia

Saudade não tem idade, não tem nome ou endereço
Se me condicionas a essa prisão é porque mereço
E o mínimo que posso dizer
Que isso é meu apreço
Vou morrer como Tim Maia
Vou morrer de saudade
Ou de cirrose bebendo pra esquecer.

Eram bons tempos sim e não esqueço
Fiz o que fiz e por isso te desmereço
E somente posso reconhecer
E reconheço
Vou morrer como Cobain
Com um tiro na cabeça
Para que eu pra sempre esqueça.

Eu e o tempo somos o avesso do avesso
As lembranças são como flechas num arremesso
O que me resta é desaparecer
E desapareço
Vou morrer como o Rafael
Escrevendo sobre o saudosismo
E revivendo a cada lembrança.

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