Pornôrama
Transo de Maiakovski e Lita
Ela viu com as mãos
E ainda não acredita
Eu disse sexo, ela quem dita.
De que me vale a paisagem de Elis
Se você não está por cima
Por baixo, mão na cabeça
Pra não perder o juízo
E minhas mãos estão nos teus quadris.
De que me vale a paisagem
Na miragem do cromaquí
A maquiagem gasta
Numa imagem deturpada
Côncava, reflexa,
Que se fecha no íntimo.
Sou teu íncubo
Desenho com os dedos
Por baixo do baby doll
Em tua boca a denúncia
Te revela o âmago
Que faz a volta do anzol.
Sutilmente como um bicho
A última da espécie
Invadirei teu nicho
Ocuparei teus pensamentos
O resto é lixo.
Eu nu no nunca
No limbo
Você cai à cama
E te amarei porra para sempre
Num jogo
Pornôrama.
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