quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O TEATRO DA MENTE

O teatro da mente

Depois de uma dose de insanidades,
Cada um quer a liberdade do outro,
Colocaram-me num teatro de variedades,
Minha porta, minha mente e meu molho de chaves.

Recordo de sentimentos postos num museu
E me olho como se me conhecesse.
Hoje vejo calmo pelo olho que é teu,
Vejo teu futuro como se enlouquecesse.

Realmente eu teria tido mais que um instante,
Um ato de desespero, minha condição de símio.
Ficam pasmos e se agridem absurdo fascinante,
Mas uma tranqüilidade que vem tão inquietante.

Necessito de algo que me torne mais humano,
Que me faça estar distante de um olhar assim tão tirano,
Que me faça estar descrente do meu mais novo engano,
Para mim já tanto faz se me vivo sob um pano.

Nada a esconder tudo exposto a luz do dia,
Nem minhas pulgas carinhosas, não me fazem companhia.
Os macacos vêem e fazem como você não fazia,
Liberdade entre quatro paredes de hipocrisia.

Um raciocínio sábio e belo, mas não menos intencional,
Um remédio furioso para um veneno tão mortal,
Sendo mortos e sem visão não é o que queremos,
Me guardei não fiz gestos, nem cálculos obscenos

Um dia pensei em fugir mas não fiz,
Quis apenas enxergar diante de meu novo nariz,
Ou cumprir com as promessas um dia ditas impossíveis,
Sem exageros didáticos ou produtos perecíveis.

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