quinta-feira, 16 de julho de 2009

SAMBA DA TRISTEZA SEM FIM

Samba da Tristeza Sem Fim

Favor cantar na forma de brega tipo Waldick Soriano


Tenho que ir
Sinto lhe deixar
Tenho que partir
Aqui não é o meu lugar.

Nunca fui daqui
Nem de lugar nenhum
Fui igual a todos
Tentando ser incomum.

Nunca fui seu
E não serei de ninguém
Sei que nunca fui santo
Encerrar-te com amém.

Tentei sempre te convencer
Das coisas que nem eu
Nem eu mesmo
Pude ver.

O que faço agora
Se todos já partiram
Muitos morreram
Ou simplesmente foram embora.

Eu tentei falar
Faltaram palavras
Tentei conversar
Mas faltou assunto
Tentei explicar.
Não me deste ouvidos
Mas tentarei.
Com meu samba triste
Você que não me ouviste.

Enquanto for mordida a maçã
Enquanto os pecadores festejarem
Enquanto bebermos às vésperas
Enquanto houver carne à vontade.

Comemoraremos a tristeza
A distância que maltrata
A Faca que nos corta com sutileza
O “Amar” que fere e mata.

Não ligue pro meu samba triste
Ele não pode calar
É tudo o que tenho
Ainda pra me segurar.

Ele ampara o meu pranto
É minha contradição
Pois ele irá te ensinar
A partir um coração.

Mas nem sempre meu samba
Foi triste assim
Ele um dia sorria
Quando olhavas para mim.

Quem não quiser
Ouvir-me chorar
Por favor, vá embora
Deixe-me no bar.

Pois ela se arrependida
Resolver me procurar
Saberá onde me encontro
É no mesmo lugar.

O meu samba é triste
Porque você existe
A mulher que machuca
Chamada saudade.

Ela vai sambar
Ao som do meu violão
Descalça em cacos de vidro
Sobre o meu coração.

B.

Nenhum comentário:

Postar um comentário