terça-feira, 7 de julho de 2009

CANÇÃO BLUES DO CACHORRO PRETO

Poema escrito à meio século atrás


Canção Blues do Cachorro Preto

Escolha suas armas e entre no ringue,
Ou sonhe os sonhos de Stephen King.
Embaixo de ruínas e construções góticas,
Fale mais de suas paixões caóticas.

Não vai passar de sonhos de menina,
Ou resolver a crise da Argentina.
Eu não te queria, mas te queria bem,
Queria as drogas de La Fontaine.

Amava os Beatles e os Stones,
Porque ela agora tinha dois nomes.
A Alca não pode passar,
E o homem coletivo sente a necessidade de lutar.

Quero todas as coisas de ninguém,
Quero você aqui também,
Quero a Alca pra casa do caralho,
Não quero as coisas claras como em um jogo de baralho.

Quem tem consciência para ter coragem,
Mas bem dizendo Drummond de Andrade,
Não sou das coisas eu me revolto, não volto atrás,
Mas temos que ser fortes sem perder a ternura jamais.

O povo quer o que é seu por direito,
Mamãe eu não quero ser perfeito,
Não sento na cadeira e espero ver,
A Vera Fisher mentindo na TV.

Tira o presidente bota o povo no poder,
Não o político hipócrita que mente pra você,
Promova sempre o pensamento social,
Pois também há terrorismo na Igreja Universal.

Você sabe bem que eu não tenho grana,
Por isso eu moro na lama e piso na grama,
E não levo jeito pra fazer ioga,
Zeca me empresta algum pr´eu bancar a minha droga.

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