Me alimenta
Ainda não morri somente por tua sede
Ainda admiro tuas fotos na parede
Não consigo jogá-las fora
E a saudade em mim ancora.
És meu mal que não se mede
Minha verdade que não procede.
Ainda estou aqui, pois sou paciente
Sou o teu mais teimoso doente
Por piedade me poupaste a vida
E ainda duvidas da minha dívida?
Tua falta me alimenta
Mas a espera me acalenta
Livra-me da tormenta
Por tudo o que sua imagem em mim representa.
Por toda a saudade que em mim violenta
Ela mora em mim, sedenta
Puxa uma cadeira e senta!
Cospe no cinzeiro teu chicle de menta.
E fala dos anos noventa
Do quanto eras ciumenta
E desatenta
A tudo o que partia de minha mente sonolenta.
Uma saudade me alimenta
Por uma tortura
Sangrenta e lenta
Me alimento de teus passos até o pavimento
Até o firmamento.
Nostalgia da adolescência?
ResponderExcluir