quarta-feira, 7 de outubro de 2009

OVELHA NEGRA

Um antigo poema da minha época punk, haha, fui punk?


Ovelha Negra

Prematura, precoce, desmamada,
Agora sem futuro vivendo acorrentada.
Ovelha desgarrada, família alienada,
Agora sem destino ela fugiu de casa.

Pelo padrasto ela foi assediada,
A mãe já com medo ficava calada,
Matar a mamãe ele ameaçava,
Sentava num canto e lá ela chorava.

Chegava bêbado e a procurava,
Se ela se escondesse ele a encontrava,
Se ela se negasse ele a espancava,
Matar a mamãe ele ameaçava.

Em um belo dia o padrasto porre estava,
Brincando com a arma a mãe foi baleada
E ovelha negra que a arma encontrara,
Deu cinco tiros na cara do canalha.

Então a polícia que a porta arrombara,
A arma na mão de ovelha desgarrada,
Ela não tinha provas ela só chorava
E a trinta e cinco anos ela foi condenada.

Odeie, odeie seus inimigos,
Mate todos eles e ninguém vai se importar.
Ame, ame seus amigos,
São seus amigos e eles não vão lhe julgar.

Num dia desses, ela me disse,
“Quando olho para o sol, sinto a carne de meu corpo esfriar, sinto cada osso quebrar e ouço minha alma implorar, pedindo pra ela não voltar”

Ela virá como Frances,
Ela virá como o fogo,
Queimando a doença do povo,
Ela virá de novo,
Eu sei que virá
E quando vier será quando ninguém
Estiver a esperar

Nenhum comentário:

Postar um comentário