Segunda-feira
O domingo é uma tortura pra quem bebe no sábado
A segunda-feira então é o fim do mundo
É o fim que entra pelo avesso
É um mundo que desconheço.
O que é a segunda-feira senão o apocalipse
Um dia muito raro, dia de eclipse
Dia em que me obrigam a nascer de novo
O sol me obriga a sair do ovo.
A segunda-feira passa lenta
A mente quer, mas o corpo não agüenta
Os olhos não querem se abrir
E passam o dia inteiro ainda querendo dormir.
E volta o ônibus lotado
O trânsito engarrafado
O trabalho
O chefe mal-humorado.
Deus me livre morrer na segunda-feira
Minha alma não deixaria meu corpo
Por falta de disposição
De vontade
Se eu puder escolher
Quero morrer
Num domingo à tarde.
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