quarta-feira, 24 de março de 2010

A HISTÓRIA DO MANÍACO SUICIDA QUE SE LIBERTOU DAS GARRAS DA INESCRUPULOSA POSSESSIVA DEMONÍACA SENTIMENTAL

A história do Maníaco Suicida que se libertou das garras da inescrupulosa Possessiva Demoníaca Sentimental

Ela me fez comer o pão que o diabo amassou
Ela me fez lamber a sola do seu sapato
Ela me fez chupar o cano do 3-oitão
Na frente de todos me fez passar humilhação
Por algo que não fiz
Ela me fez ajoelhar e pedir perdão.

Ela passou a não me procurar
Passou a gozar sozinha
E a me deixar na mão
E eu acreditava em tudo o que ela me dizia
Ela dizia que o mundo não existia sem ela
Que minha vida não tinha sentido sem ela
E se ela dizia que ia embora eu tentava me jogar pela janela.

Milhares de vezes eu tentei fugir
Mas ela me acorrentou ao pé da mesa
Ela dizia estar me protegendo
De quê, até hoje não sei
Só sei que me libertei
E que o mundo é realmente como sonhei
Exatamente como dizia Louis Armstrong.

Hoje não sei dela, nem quero eu saber
Me falaram que agora ela namora outra mulher
Ou sei lá o quê
Mas de uma coisa eu tenho plena certeza
Ela ainda dorme com a luz acesa
Ainda tem medo do escuro
E chora sozinha no banheiro
Por não ter a quem mandar.

Mas saibam que tudo isso me fez muito bem
Se não fosse por ela eu não seria quem sou
Não seria o cara escroto que sou
O cara rancoroso, fechado
Nem sei mais fazer piadas, não sou mais engraçado
Por que ser como eu era antes me fez mal
Não gosto de ninguém e espero que ninguém goste de mim
Agora eu faço sozinho o meu próprio carnaval.

Gosto de ser sozinho, sozinho eu posso fazer o que eu quiser
Posso dormir sozinho se eu quiser
Posso acordar com qualquer mulher
Posso amar sem ser amado
Ou ser amado sem amar
Não há nada melhor do que a liberdade
A única coisa que eu ainda sinto falta
É daquele cheiro, aquele cheiro me fazia voar
Mas enfim, é apenas disso que tenho saudade.

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