segunda-feira, 22 de junho de 2009

ORIGAMI

Origami

Ando atrás de uma nova decepção amorosa
Vivo a procurar uma fruta mais saborosa
Uma mulher menos inteligente, mais gostosa
Alguém que só aprendeu a ouvir
Que concorde com tudo o que eu diga
Eu não quero sexo quero uma amiga.

Meu álibi partiu de manhã num navio
Dizendo que o nós nunca existiu
Mas sei que não existiu “nós” entre nós
Somente laços sexuais afetivos
Eu te uso você me usa
Depois nos damos o que queremos.

Ariadne eu perdi meu fio
Socorro não sei voltar
Não sei fazer sozinho
Não tenho pra onde fugir
Nem onde me esconder
Quero uma boca pra me expandir.

Talvez eu seja niilista demais
Talvez só queira um pouco de paz
Ou mergulhe numa piscina de aguarrás
Admito não suporto te ver feliz
Depois que você foi eu quis morrer
Eu quis desaparecer.

Talvez eu morra a míngua
Talvez eu morda a própria língua
Ou melhor, me desfaça em cinzas
Se você quiser me procurar estarei no bar
Ou afundado no cinzeiro
Ou num chiqueiro.

Estou pronto para novamente me iludir
Para encontrar alguém que me ame
Que finja bem, que me engane
Meu coração é de papel e colorido
Faça dele um origami.


É mais fácil morrer por uma mulher do que viver com ela.

George ( Lord ) Byron


Nenhum comentário:

Postar um comentário