quinta-feira, 8 de julho de 2010

BEM-VINDA

Bem-vinda


Eu nunca vou mudar
Nunca vou deixar de sentir sua falta
Nem deixar de chorar
Cada vez que você for embora
Mesmo sabendo que você volta depois
Pra sentar na janela
E ficar olhando a chuva lá fora
Só nós dois
Nós dois a sós
Dois a sós
Depois.


Cada vez que você vai
Leva um pedaço de mim
Até não restar mais nada
E deixa uma bagunça a minha casa
Mas quando você volta
Deixa uma bagunça a minha vida
Vida minha
Minha
Bem-vinda a minha vida
Bem vivida.


Mas se você tiver que ir
Que vá
Mas me leve
Me leve com você
Só não me leve a mal
Pegue-e-pague
Pegue-leve
Leve como quem desfila em nuvens
Porque a saudade pesa
Quase nada
Uma tonelada.


Pegue tudo o que você puder levar
E o que for meu
Deixe apenas o necessário
Deixe apenas meus livros
Meus discos
Porque eles ainda me ajudam a lembrar
Eles são a minha ferida
Pois me mostram que eu estava errado
Quando deixei você partir
Da minha vida
Bem vivida
Bandida
Bem-vinda a minha vida.

Um comentário:

  1. Olha que bacana! gostei do "bem vinda", me identifiquei com alguns trechos,e gostei do jogo de palavras com a palavra "leve", mas de modo geral acho que o poema ficou com um caráter extremamente saudosista...e saudosismo demais sufoca, deixa a gente pesado e ñ leve...Abraços!

    ResponderExcluir