segunda-feira, 28 de junho de 2010

ECOS (ODE À CAVERNA DE PLATÃO)

Ecos (Ode à Caverna de Platão)

Eu andava vislumbrando a minha própria alegoria
Toda luz era motivo para minha alegria
Mas eu era voluntário da minha própria causa
E os ecos voltavam mais fortes quando seguidos de uma pausa.

Teus olhos me fitavam me diziam mil palavras
E o silêncio a seguir era confortável
E era tudo o que me faltava quando eu me calava
Crente de que toda realidade é manipulável.

Teu sorriso tão bonito me libertava dos grilhões
E me fazia recordar por que perdemos as razões
Eu fechava os olhos e era um sentimento bonito
E tudo era palpável no escuro mais bonito.

Embriagado na caverna ninguém pensava em fugir
Todos tinham medo do que poderiam sentir
E fomos condenados e viver em liberdade
A viver em busca da verdadeira verdade.

Hoje o que eu digo são ecos daquelas palavras
E assim faço delas a minha própria razão
Pra sentir o prazer de rir no meio da missa
Pra entender que o mundo não é só ilusão.

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