quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

MIS SIMPATIA

Miss Simpatia

Ela dança a criança que balança inocente como se não houvesse fim
Ela olha e lança como lança o olhar atingindo assim a mim
Ela gira e vai e volta e vira pôe e tira e se atira em braços que não são meus
E deseja e beija com a mesma boca que pragueja se esse beijo for de adeus.

E eu atento a todo movimento a cada momento são colírios para meus olhos famintos
Eu espero mas o que realmente quero e ir até lá arrancar-te dos braços alheios
Tudo o que eu queria era somente tua mente mas de quebra uma lambida nos teus seios
Ora pois se não deixarei meu desejo a falar por mim se assim não haverá outros meios.

Perdoe minha investida mas minha cara estás vestida com o convite para um doce carnaval
Minha cara minha bárbara doença minha cruel sentença de me afundar em tua crença
E se eu te arrancasse um beijo agora como reagiria o que diria com a boca ocupada
Sinto lhe dizer mas anda inevitável se vou onde estás e somente estás onde vou.

É Miss Simpatia quem sabe um dia a gente se encontra por aí
Quem sabe dessa vez eu resolva não fugir
Você não notou mas estou a me despedir
Como funciona a mágica se todas as outras tem um pouco de ti.

Ainda assim a música continua e os olhares a despi-la semi-nua
Mas ela displicente e inconsciente não percebe que todos só querem dançar
E imagina sexo a dois depois das três doses não importa o lugar
Não importa com quem seja mas que seja esquecido no adeus.

Sempre te vi mas nunca a dançar
E a cena é tão perfeita que em mim brotou novamente o desejo louco
Que pouco a pouco vai consumindo a sanidade e as palavras certas na hora certa
São bobagens sempre o que sai da minha mente-porta-aberta.

Até
Miss Simpatia
Quem sabe
Um dia
Você resolva esbanjar
Tantos sorrisos para mim
Ou quem sabe apenas me escutar
Pois tenho muito a falar.


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