Alados
Tua carne na minha boca eu te mastigo
Esse teu benquisto castigo
Eu não sei ser teu amigo
Não te quero para meu abrigo.
Eu te quero para incendiar a noite
Despir o sol com o açoite
Te levar pra Salém, meu bem
Te instigar, incitar, te levar além.
Quero seguir teu instinto
Beber teu veneno, absinto
Se te amo eu não minto
Tua intuição é o pão do meu eu faminto.
Eu te conheço bem, sei como é
Já sei te amar como te amaria uma mulher
Sei que não mando em teu coração
Mas eu só quero te abraçar a razão.
Te aceito mesmo somente entre primaveras
És o meu anjo e a minha quimera
Que me arranha depois some
E me deixa salivando e repetindo o teu nome.
Sei que não posso te aprisionar
Pois és alada, vais a todo lugar
Não posso voar, mas tenho o nome e as asas de um anjo
Mas tenho um banjo pra te cantar.
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