quinta-feira, 13 de junho de 2013

ALADOS

Alados

Tua carne na minha boca eu te mastigo
Esse teu benquisto castigo
Eu não sei ser teu amigo
Não te quero para meu abrigo.

Eu te quero para incendiar a noite
Despir o sol com o açoite
Te levar pra Salém, meu bem
Te instigar, incitar, te levar além.

Quero seguir teu instinto
Beber teu veneno, absinto
Se te amo eu não minto
Tua intuição é o pão do meu eu faminto.

Eu te conheço bem, sei como é
Já sei te amar como te amaria uma mulher
Sei que não mando em teu coração
Mas eu só quero te abraçar a razão.

Te aceito mesmo somente entre primaveras
És o meu anjo e a minha quimera
Que me arranha depois some
E me deixa salivando e repetindo o teu nome.

Sei que não posso te aprisionar
Pois és alada, vais a todo lugar
Não posso voar, mas tenho o nome e as asas de um anjo

Mas tenho um banjo pra te cantar.

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