segunda-feira, 29 de novembro de 2010

FODA-ME

Foda-me

Ao te arrepiares novamente lembrarás da minha língua circundando em tua vulva
Circulando tuas ancas e falando as profanidades e estamos sós no mundo
E beija com a boca que pragueja de uma dor bem quista
E chegas lá e gritas como se comemorasse sobre inimigos uma conquista.

E viras sem que eu precise dizer uma só palavra de ordem
E amada vadia implora uma punição maior assumindo mil crimes
E te violento por dentro como se não existissem pra mim limites
E pisas na glória celestial quando te ajoelhas sobre a mancha dos vimes.

E vou arrancando de ti a fome pelo desejo ainda insípido
Pelo lado de fora explode o sabor da coragem de pedir mais
Escravos do vício ilícito de ser usado por uma cruel bailarina
O místico se mistura a fuga da decência inocente de menina.

E vasculho um tesouro no teu corpo como que se criativo procuro mais meatos?
E ranges a fúria de mil demônios expelindo da catedral aos beatos?
E respiras vapores no meu rosto e olhas com o desprezo de depois te abandonares
E só diz me amares se de cadela eu te chamares.

E eu te amo como um cão faminto num cio furioso
Como o assassino que te escolheu para assim ser teu carrasco
Como o gigolô que ao te desprezares não vive sem você
Como metade da rua inteira te deseja como escravos do teu querer.

Mil homens te desejam ao te quererem e a sonharem contigo
Mil poetas sucumbem à morte por deixá-los sem palavras
Mas só eu percorro a via-sacra como se em ti buscasse abrigo
E só a mim concedes o viático dos enfermos que somente a ti é permitido lavrar.
Je t’ame, baise moi.

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