terça-feira, 24 de novembro de 2009

VISTA DE UM PONTO

Uma homenagem para minha pessoa, por Celaynne Monteiro, quase acertou, mas adorei, obrigado...


Vista de um ponto

Ao ver do meu querer o medo da tua liberdade
Ao ver do meu conhecer a atração por tua expansividade
Ao ver do meu ser a distância e a proximidade _ talvez mais aquela.

O que tu és?
Um tanto de príncipe, um tanto de devasso
Será que estes se prendem num só laço?
O laço é tua estrutura: teu corpo, tua mente.

O que tu és?
Somente, simplesmente um poeta?
Basta?
Tu te bastas de ti para viver a vida ou a vida te basta para ser-te?
Tantas perguntas, eu sei...
São reais porque desconheço teu ideal
As sei, mas não te sei.

O que tu és?
Tão contraditório a si mesmo, como o amor de Camões?
Talvez, sejas mesmo, um “eu não sigo regras”,
Disciplinado unicamente a isso
Aí evapora-te eu
E a interrogação surge como uma exclamação.

Tradicionalmente romântico?
Mutavelmente pensado?
Nitidamente desprendido do regular?
Efetiva e voluptuosamente apaixonado.

Firme e efêmero, como teu olhar a ler um poema pra mim.
Despreocupado com os limites, como teu corpo debruçado sobre a madeira.
Vivo e comprometido, como teu olhar:
Como a cor dos teus olhos comprometida com o verde da tua segunda pele.

Confusão é decifrar-te
Mas fica a esperança de aprender-te
E se missão de James Bond
Desprezarei o sete
Fixarei no formato dos zeros
Regressando a estaca zero:
O momento de olhar...

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