sábado, 7 de novembro de 2009

EU QUIS ME CONTER

Eu quis me conter

Antes de chegar em casa ela no táxi debatia
Sobre arte moderna, música e poesia.
Isso me deixava excitado,
Eu quis me conter.

Ao entrar em casa mexeu nos meus discos e quis ouvir blues
Ela mesma abriu a garrafa de vinho e deixou a sala à meia-luz
Isso me deixou louco,
Eu quis me conter.

Então ela sugeriu subir para o quarto e esquecer o mundo
Subi com ela para o quarto para o terceiro ato, o mais profundo
Na porta do quarto por um segundo,
Eu quis me conter.

Antes de deitar na cama ela tirou a roupa e me recitou um poema
Ela era linda e intelectual uma mistura que era mim um problema
Neste exato momento eu me apaixonei,
Mas quis me conter.

Ela me chupou com diplomacia como nenhuma outra havia feito antes
Eu enlouquecia e me debatia na loucura dos novos amantes
Perpetuei minha vontade de ir mais fundo,
Esqueci de me conter.

Ela deitou em seguida pedindo pra que eu fizesse o que eu queria com ela
Fiz tudo até o que eu não queria, pensei Deus do céu, que mulher era aquela?
Fomos onde ninguém jamais esteve,
Não pude evitar.

No momento máximo de tudo, quando a mágica acordou até a criatura morta
Retornando de volta ao nosso mundo, alguém bateu à porta
Então lembrei por que eu quis me conter,
Acordamos a mamãe.

Nunca mais outra vez uma mulher como essa na minha cama
Até hoje minha mãe reclama, por tudo agora ela fala
E prevenida como sempre sendo mãe
Passou a dormir na sala.

Nenhum comentário:

Postar um comentário