quarta-feira, 13 de maio de 2009

LAR DOCE BAR

Lar Doce Bar

Meu lar doce bar
De mulheres lindas e decoradas
De almas livres, mas desoladas.
Beijos doces em vidas amargas.

Como de súbito você levantou sem porque
Ensaiando meu passo bêbado fui atrás de você
E quase sem querer entrei no banheiro feminino
Pra te ver.

Meu puro profano
A dose de aguardente
Que esquenta a garganta e queima o ventre
Sou tua mulher e não te traio
Mas só te procuro no bar em que você não está.

Tenho fome de ti
Mas só te como em prato raso
Cada um no seu lado, destilado.
Cada um no seu quadrado
Ensaiando o acaso.

Mas dilata a pupila
A dose de tequila
A garrafa de whiskey me abraça
E te deixa nua, descalça.
E me deixa bobo e sem graça.

O aviso prévio de algo que já foi ditado
Ditado por você que quer ser mais mulher
Todo homem nu é criança
Toda dança a transforma em mulher.

Na volta pra casa a calcinha na bolsa
Os sapatos pendurados nos dedos da mão esquerda
Sempre estaremos prontos pra entrar no táxi
E voltar pra casa pra passar o vestido.

E você acordou sozinho
Quando olhou para o lado, eu não estava lá
Sei que você não lembra do meu rosto
E espero que não vá lembrar.

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