segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A RAINHA DA IDADE DA PEDRA

A Rainha da Idade da Pedra

Sente essa tua dor benquista que lhe concedo de bom grado
Ela é a recíproca do meu corpo quando amado
Pois o que me devolves é esse gemido quase choro de criança
E a esperança de que nosso suor será suficiente para matar a sede de nossas almas
Alma?
Mas se meu corpo não tem alma
Tive que me desfazer dela para abraçar o teu pecado
De bom grado
Teus convites irrefutáveis
De amores insaciáveis
O luxo da tua luxúria em cada trago de cigarro
Como se só esta vida não bastasse pra viver tudo isso
Todo esse compromisso
De ter asas pra voar
Sem obrigações
Sendo ostra sem ter fabricar pérolas todos os dias
Pois a beleza das coisas está na sua essência
No cerne de ser pássaro e poder saltar também pra todo lugar
De idolatrar a Rainha da idade da pedra
Com cultos sexuais, imorais, mas ainda divinos
Dividimos os sabores das bocas alheias como se nada existisse se não fosse língua
Se não fosse boca
Se não fosse música.



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