domingo, 8 de setembro de 2013

UMA FLOR QUE BROTA NA DENSA CAMADA DE GELO DA LUA EUROPA

Uma flor que brota na densa camada de gelo da lua Europa

Ela brotou no jardim do meu peito como a coisa mais bela a me acontecer
Na iminência de todas as profecias se cumprindo num amanhecer
E era de uma beleza tão avassaladora que tornou minha vida desinteressante
Que chegou como o vento como um alento a meu coração aventureiro e incessante
Que veio pra destruir com toda a minha concepção de beleza
Que veio trazer descanso às minhas mãos cansadas e cheias de tristeza
Que veio orquestrando a valsa da destruição das coisas que pra mim eram belas
Logo todas as coisas mais importantes pra mim eram dela
E tudo se tornou um milagre sorrateiro e preciso
E era tão linda de se admirar que meus olhos se enchiam de paraíso
Que em cada mão dela dançava um anjo adestrado num allegro de Vivaldi
Seu corpo como a lua nova a nova ordem de uma noite linda e misteriosa
E andava como se caminhasse sobre pétalas em uma estrada adornada e majestosa
Seus cabelos eram negros como a noite numa fantasia de estrelas
E olhos como dois sóis saborosos que dá vontade de mordê-los
Seus beijos eram puros e simplesmente o amor
Um amor bruto de uma bruta flor
Da fruta mais saborosa dentre o mais frondoso dos pomares
Que trouxe pra minha vida cor e sabor
Nesses braços que eu filho de Ares repouso no meu merecido descanso
Levou meus sonhos até o infinito mais profundo onde tudo eu alcanço
Era a flor brotando no gelo da lua Europa de Júpiter
Era a Vênus nos dando o doce sabor de sua perfeição
Assim brotou a bruta flor no meu coração.


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