Almas vitoriosas
Eis que bate à minha porta o espírito errante das bebedeiras
madrugadas
O vampiro que te abraça na sua cama quando luzes apagadas
Eis que encegueirado na volúpia do desejo de carnes brancas
Me encontro acorrentado naquelas benquistas e voluptuosas
ancas.
Me lambuzo com o néctar da sua boca como a abelha mais
vagabunda
E fitando o seu corpo desnudo aperto com minhas mãos a sua
bunda
E me perco no tempo lambendo os seus seios como se fossem eles
meu alimento
E você com os pés no chão pode sentir o gosto doce do
firmamento.
Em seguida te jogo na cama, pois somente na cama é que se
ama
E faço de puta aquela dama à quem devo a devoção de desenhar
com os dedos seu diagrama
Me embrenho entre suas pernas como se eu fosse responsável
por descobertas eternas
E vou te chupar como se fosse a fruta mais doce do pomar até
você gozar e eu não puder mais te alcançar.
E os anjos hão de reivindicar que apenas eles poderão provar
o gosto doce do paraíso num sobrevoar
E sob a espada do arcanjo você terá que fazer suas juras por
mais impuras que elas possam se tornar
E de joelhos no chão pois só de joelhos é que vale a oração
para o merecido perdão ao qual estende a mão
E você vai brindar sob o luar como se fosse seu épico
momento de devoção.
E de seus úmidos e grandes lábios e vulvas eu ei de penetrar
e saltar às cegas nesse abismo
Não tenho asas e não quero ser salvo quero ser o alvo do seu
exorcismo das suas unhas e seu simbolismo
Quero que me puxe e que faça minha alma se excitar como se
livre fosse de julgar o perigo e arriscar
Em troca eu te mostro o caminho para que você possa buscar o
seu tesouro de Shangri-la.
O suor é a mágica que compõe a vida e que desenha o infinito
em suas costas
É o que faz da vida a incerteza das escolhas e apostas
É o que embala o desejo pelas frutas mais saborosas
E nessa batalha as duas almas saem vitoriosas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário