quinta-feira, 16 de maio de 2013

ALMAS VITORIOSAS



Almas vitoriosas

Eis que bate à minha porta o espírito errante das bebedeiras madrugadas
O vampiro que te abraça na sua cama quando luzes apagadas
Eis que encegueirado na volúpia do desejo de carnes brancas
Me encontro acorrentado naquelas benquistas e voluptuosas ancas.

Me lambuzo com o néctar da sua boca como a abelha mais vagabunda
E fitando o seu corpo desnudo aperto com minhas mãos a sua bunda
E me perco no tempo lambendo os seus seios como se fossem eles meu alimento
E você com os pés no chão pode sentir o gosto doce do firmamento.

Em seguida te jogo na cama, pois somente na cama é que se ama
E faço de puta aquela dama à quem devo a devoção de desenhar com os dedos seu diagrama
Me embrenho entre suas pernas como se eu fosse responsável por descobertas eternas
E vou te chupar como se fosse a fruta mais doce do pomar até você gozar e eu não puder mais te alcançar.

E os anjos hão de reivindicar que apenas eles poderão provar o gosto doce do paraíso num sobrevoar
E sob a espada do arcanjo você terá que fazer suas juras por mais impuras que elas possam se tornar
E de joelhos no chão pois só de joelhos é que vale a oração para o merecido perdão ao qual estende a mão
E você vai brindar sob o luar como se fosse seu épico momento de devoção.

E de seus úmidos e grandes lábios e vulvas eu ei de penetrar e saltar às cegas nesse abismo
Não tenho asas e não quero ser salvo quero ser o alvo do seu exorcismo das suas unhas e seu simbolismo
Quero que me puxe e que faça minha alma se excitar como se livre fosse de julgar o perigo e arriscar
Em troca eu te mostro o caminho para que você possa buscar o seu tesouro de Shangri-la.

O suor é a mágica que compõe a vida e que desenha o infinito em suas costas
É o que faz da vida a incerteza das escolhas e apostas
É o que embala o desejo pelas frutas mais saborosas
E nessa batalha as duas almas saem vitoriosas.




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