quarta-feira, 29 de agosto de 2012

BUK

Buk


Não tem sangue nesse teu corpo
Tua ereção é falha
Estás bêbado e fétido
Mas ainda assim o amo
O amo, pois me fazes especial
Especialmente quando me enrabas
E me deixa marcas por dias
Com tantas mordidas
De teus dentes cariados
O amo
Pois me amas
E sei que muitos de teus poemas
São para mim
Quando reclamas
Que trabalhaste o dia inteiro
E teu jantar não é digno
Sei que me olhas
E me desejas
Com teu olhar de velho safado
E suas frio por dentro desse teu corpo escroto
E ficas ofegante quando passo
E passas a mão em minha bunda
E te devolvo tapas
Nessa tua cara enrugada
Resistir é tudo o que eu tenho
Pois sei que tens com força
Mas que sou tudo o que tu tens
Pois nenhuma outra
Agüentaria teu hálito de Wiborowa
Provavelmente roubada
De um de teus patrões
Já que reclamas
De tua condição de assalariado
Que não lhe resta um tostão
Mas ainda assim
Ficas rindo para a televisão
Jogando as cinzas no taco
Desse teu cigarro fedorento
Mas que
Logo esqueço
Pois quando peço
Eu recebo
A melhor chupada que uma mulher pode ter
A melhor gozada que uma mulher pode dar
Quando ficas rijo
O que é raro.

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